Há uma grande confusão, entre os leigos, acerca de bruxaria tradicional e da moderna. A bruxaria tradicional tem suas raízes aprofundadas através do período pré-histórico, podendo ser considerada em parte irmã e em parte filha de antigas práticas e cultos xamânicos.
Historicamente, tal e qual os xamãs, o papel social das bruxas tradicionais era basicamente dividido entre a prestação de auxílio à população na cura de problemas de saúde (problemas da carne, da psiquê e do espírito) e o contato com os espíritos dos mortos e dos deuses (encaminhamento de espíritos recém-desencarnados a seu destino, obtenção de favores da Deusa e/ou dos Deuses, previsões do futuro para facilitar a tomada de decisões tanto no nível pessoal quanto para a comunidade - neste último caso a leitura do futuro seria para os chefes).
A bruxaria moderna, por outro lado, embora se relacione firmemente com a Bruxariatradicional, surge historicamente com Gerald Gardner, com a criação da Wicca no ano 1950 da Era Comum. Apesar de a bruxaria tradicional, ao longo de seus estimados mais de 20.000 anos de existência, ter vindo absorvendo elementos estranhos a suas raízes ancestrais, sendo uma religião viva e que evolui continuamente, seu eixo fundamental é bastante distinto do dabruxaria moderna, pois Gardner não apenas adotou novos elementos, mas tornou alguns destes em bases fundamentais da Wicca, amalgamando de forma indissolúvel o que teria aprendido como iniciado na bruxaria tradicional com conhecimentos adquiridos junto ao druidismo e conceitos de origem claramente oriental. Agrava-se a confusão entre bruxaria moderna ebruxaria tradicional ao ter se tornado recorrente o uso da expressão "wicca tradicional" para designar aqueles cuja linhagem iniciática remonta a Gerald Gardner.
FONTE:
- GARDNER, Gerald. A Bruxaria Hoje: Madras, 2003. - 153 p (ISBN 85-7374-729-3)
- MURRAY, Margaret. O Culto das Bruxas na Europa Ocidental: Madras, 2003. - 262 p (ISBN 85-7374-636-X)
A Bruxaria é um ofício que se utiliza da magia natural (= magia da natureza) para obter fins específicos e existe desde os primórdios da humanidade.
A Bruxaria é pagã. Quando dizemos pagão, estamos nos remetendo à origem do termo, que vem do latim paganus. Paganus significa "morador do campo" ou "aquele que vive do campo". Esse foi o termo usado pela Igreja Católica para classificar os povos que moravam no campo e celebravam as colheitas e os ciclos do Sol e da Lua.
Vale lembrar que tais pessoas dependiam essencialmente da natureza para sobreviver. Assim, para eles era comum festejar uma colheita que vinha farta e trazia comida para todo o inverno, pois isso significava vida para eles. Esses povos não eram católicos nem cristãos, não por se oporem a essas religiões, mas por suas crenças serem milhares de anos mais antigas. Eram as crenças deles, apenas, e diferiam das crenças cristãs assim como o Budismo ou o Hinduísmo diferem.
O Paganismo seria, então, o modo de viver dos povos pagãos, lembrando que usamos o termo pagão para classificar toda e qualquer pessoa que celebre a Natureza e seus ciclos. A Bruxaria é apenas uma das inúmeras vertentes pagãs. Temos também o Druidismo, o Xamanismo etc.
Fonte:
WICCA:
É uma religião neopagã fundamentada nos cultos da fertilidade que se originaram na Europa Antiga. O bruxo inglês Gerald B. Gardnerimpulsionou o renascimento do culto, com o nome de Wicca, junto com outros bruxos e bruxas, em meados dos anos 40 e 50. Embora essa fundação tenha ocorrido provavelmente na década de 1940, ela só foi revelada publicamente em 1954, quando da época da sanção da última das leis contra a Bruxaria na Inglaterra. A tradição Wicca e seus termos são baseados em diversas culturas do paganismo antigo, modificadas pelo que, segundo Gardner, era uma tradição sobrevivente da bruxaria medieval, mas da qual o conhecimento que temos é obscuro.
Desde seu renascimento, várias tradições da Wicca surgiram, algumas se afastando consideravelmente dos conceitos da década de 50. A tradição que segue os ensinamentos e práticas específicas, conforme estabelecidos por Gardner, é denominada Tradição Gardneriana. Além dela, muitas outras tradições da Wicca se desenvolveram e também existem muitos praticantes que não pertencem a nenhuma tradição estabelecida, mas criam a sua própria forma de culto (ecléticos) aos Antigos Deuses.
Os dados que temos nos mostram que a maioria dos wiccanos dos dias de hoje são solitários, isto é, não participam de um coven (grupo de bruxos). Embora isso não os impeça de se reunirem com outros para realizarem juntos os rituais.
É importante frisar que a Wicca não é uma religião mantida ininterruptamente desde a Antigüidade, ou seja, ela - como toda a natureza - evoluiu e ainda evolui com o passar do tempo. Mas, indubitavelmente, ela tem suas bases fincadas em crenças e rituais antigos (pré-cristãos).
A caça às bruxas
foi uma perseguição religiosa e social que começou no final da Idade Média e atingiu seu apogeu na Idade Moderna. Antigas religiões pagãs e matriarcais eram tidas como satânicas. Mulheres eram queimadas em fogueiras sem o menor pretexto. Um tipo de paranóia social. O mais famoso manual de caça às bruxas é o Malleus Maleficarum, ou "martelo das feiticeiras", de 1486.
Num sentido mais amplo, a expressão "caça-às-bruxas" costuma ser utilizada em diversas outras ocasiões. Como exemplo temos que, durante a guerra fria, os EUA perseguiam toda e qualquer pessoa que julgassem ser comunista, seja por causa fundamentada ou não. Dessa forma, temos a caça às bruxas comunista dos EUA.
Aspectos importantes da caça-às-bruxas (quadro sintético)
- O número total de vítimas ficou provavelmente por volta dos 50 mil e certamente não mais que 100 mil. No passado chegou-se a dizer que teriam sido 9 milhões e até hoje alguns propagam esse número totalmente equivocado.
- Embora tenha começado no fim da Idade Média, a caça às bruxas européia foi bem mais um fenômeno da Idade Moderna, período em que a taxa de mortalidade foi bem maior.
- Embora supostas bruxas tenham sido queimadas ou enforcadas num intervalo de cinco séculos -- do século XIV ao século XVIII -- a maioria foi julgada e morta entre 1550 e 1650, nos 100 anos mais histéricos do movimento.
- O número de julgamentos e execuções tinha fortes variações no tempo e no espaço. Seria fácil encontrar localidades que, em determinado período, estavam sendo verdadeiros matadouros logo ao lado de regiões praticamente sem julgamentos porbruxaria.
- A maior parte das mortes na Europa ocidental ocorreram nos períodos e também nos locais onde havia intenso conflito entre o Catolicismo e o Protestantismo, com conseqüente desordem social.
- Ocorriam mais mortes em regiões de fronteira ou locais onde estivesse enfraquecido um poder central, com a ausência da Igreja ou do Estado. Fatores regionais tiveram papel decisivo nos modos e na intensidade dos julgamentos.
- A maioria das vítimas foi julgada e executada por cortes seculares, sendo as cortes seculares locais de longe as mais cruéis. As vítimas de cortes religiosas geralmente recebiam melhor tratamento, tinham mais chances de serem inocentadas, e recebiam punições muito mais leves.
- Muitos países da Europa quase não participaram da caça às bruxas, e 3/4 do território europeu não viu um julgamento sequer. A Islândia executou apenas quatro "bruxas"; a Rússia apenas dez. A histeria foi mais forte na Suíça, Alemanha e França e existem relatos sobre a Itália.
- Numa média, 25% das vítimas foram homens, assim sendo 75% das mulheres, mas a proporção entre homens e mulheres condenados podia variar consideravelmente de um local para o outro. Mulheres estiveram mais presentes que os homens também enquanto denunciantes e não apenas como vítimas.
- Muitas famílias perderam membros devido a "Caça" poucas famosas como Androkovith, Mapello, Chambella e Gregorovyth.
- Até onde se sabe, algumas vítimas adoravam entidades pagãs e, por isso, poderiam ser vistas como estando indiretamente ligadas aos "neopagãos" atuais, mas esses casos eram uma minoria. Também é verdade que algumas das vítimas eram parteiras ou curandeiras, mas eram uma minoria. A maioria era cristã ou judia, uma vez que a população pagã era bem rara na Europa na Idade Média.
Fonte: Wikipedia
Planos de Existência:
A existência de outros mundos ou dimensões é parte comum à maioria das Tradições Misteriosas. A Wicca tem sido muito influenciada por filosofias orientais nesse aspecto, mas também preservou os conceitos da Antiga Religião da Europa pré-cristã.
Os Três Mundos dos quais todas as coisas surgiram, encontrados em antigos textos gregos como a Teogonia (700 a. C.) e posteriormente no folclore celta, ainda são parte integrante de muitas tradições Wiccanas. Outros gruposWiccanos adotaram amplamente os Sete Planos da Existência comuns ao conceitos orientais e não operam segundo o princípio dos Três Mundos. Há ainda grupos que incorporaram o Ocultismo Ocidental à Wicca. Abordaremos os conceitos da Wicca moderna sobre os Planos.
O Plano Astral:
Um aspecto integral dos Mistérios Wiccanos é o do plano astral. Trata-se de uma dimensão de difícil definição, pois na verdade engloba sete realidades e relacionamentos. O plano astral pode ser visto como um contínuo de Tempo-Espaço paralelo. É também um estado de consciência, em alguns casos ligado à imaginação, porém mais no plano da imaginação mental controlada do que na delicada trama dos sonhos devaneios.
Enquanto o plano físico é um plano das formas, o plano astral é um plano de força. Como J. H. Brennan afirma "Pensamentos se tornam imagens. Abstrações se tornam símbolos. Emoções se tornam as forças motrizes pro trás delas".
Em muitos aspectos, não é tão diferente, não é tão diferente do mundo dos sonhos que visitamos a cada noite. A principal diferença é que, no mundo dos sonhos, quando os objetos e as situações se altera, nós simplesmente seguimos essas alterações. Por exemplo, quando um ônibus pára e a porta se abre, entramos nele sem nos perguntar para onde ele vai. No plano astral, nós reagimos a objetos e situações com a mesma racionalidade com que o fazemos no mundo físico. Nesse cenário de faz-de-conta, o ônibus pára e temos ciência da situação, podemos nos perguntar o que é isso?
O mundo dos sonhos é na verdade um dos portões para o plano astral. Os iniciados na Tradição dos Mistérios aprendem como obter controle consciente sobre seus sonhos. Uma vez que o tema e o desenvolvimento de um sonho possam ser determinados, é possível criar-se um portal, ou passagem, através do qual entramos na dimensão astral como e quando desejamos. Alguns iniciados preferem estabelecer um cenário de templo no mundo dos sonhos, por meio do qual podem transferir as influências ao material Astral sem ingressar pessoalmente na própria dimensão.
O material da dimensão astral é conhecido como luz astral. Pode ser moldado e modelado como argila pelas energias de nosso pensamentos e emoções. É nessa substância etérea que criamos formas de pensamento que servem de canal para forças mais elevadas. Esse material não só é influenciado pelas emanações da dimensão física como também pelas dos planos mais elevados, inclusive os planos Divino e espiritual. Dessa forma, situações e eventos originados acima se formam no plano astral, vindo a se manifestar na dimensão física (a não ser que outra energia altere essa forma de algum modo). É aí que a arte da adivinhação tem sua base na ciência metafísica. Se uma pessoa pode acessar as imagens em formação no plano astral, poderá então compreender o que está prestes a se manifestar no plano físico.
Devemos compreender, contudo, que a adivinhação é simplesmente a previsão de eventos que se encaminham para sua manifestação. As imagens astrais que animam esses eventos podem ser alteradas pelo fluxo constante de correntes que passam pela dimensão astral. Desse modo, o que realmente vemos na adivinhação é o que virá a ocorrer, se os padrões não forem alterados. Nada, segundo os Ensinamentos Misteriosos, é fixado no tempo, nada irá inevitavelmente acontecer em nossas vidas apesar de nossas tentativas (a não ser, é claro, a morte de nossos corpos físicos). Entretanto, os eventos mais importantes de nossas vidas são parte do padrão impresso em nossos espíritos quando nossas almas nascem na carne. Essa é a base metafísica da astrologia, a chamada impressão Estelar. Nosso mapa natal pode apresentar os principais padrões estabelecidas para nós em nossa experiência física, bem como as forças e fraquezas de nosso estado espiritual. Podemos trabalhar a favor ou contra esses padrões, pois possuímos livre-arbítrio.
O Plano Elemental:
Os Ensinamentos Wiccanos incluem o plano elemental, também conhecido como plano das Forças. Esse plano representa as ações dos quatro elementos criativos incluídos em tudo o que se manifesta no plano material. Gerenciando esses elementos, bem como o processo através do qual eles se manifestam, há um quinto elemento conhecido como espírito. Esse elemento etéreo permeia os quatro elementos. Se os quatro elementos são associados aos quatro quartos do Círculo Cósmico, então o quinto elemento pode ser considerado a própria substância do círculo.
A Terra é o elemento da solidez e reflete o princípio metafísico da Lei. O Ar é o elemento do intelecto e reflete o princípio metafísico da Vida. O fogo é o elemento da ação e reflete a Luz metafísica. A Água é o elemento da fertilidade e reflete o princípio metafísico do Amor. Os vários aspectos do plano intelectual estão entrelaçados em tudo o que um Wiccano faz ou vivencia. Em termos de Magia, eles estão envolvidos no lançamento de encantos e na consagração de amuletos, instrumentos, e no próprio círculo ritual. Num sentido metafísico, eles refletem a psique e a estabilidade emocional do Wiccano. A personalidade de um indivíduo e quaisquer distúrbios emocionais estão diretamente relacionados a um equilíbrio (ou desequilíbrio) das naturezas elementais que residem na pessoa.
A consciência desses elementos pode ser vista como mana, ou mais comumente como elementais. Ao elemento da terra, associamos os seres conhecidos como gnomos. Ao ar, associamos seres conhecidos como silfos. Ao fogo pertencem seres conhecidos como salamandras e à água criaturas conhecidas como ondinas. Os alimentos da terra são espíritos cujas vibrações são tão próximas das da terra física que influenciam as estruturas minerais de terra, exercendo assim poder sobre pedras, a flora e a fauna. Os elementais do ar são espíritos cujas vibrações estão intimamente ligadas à energia que emana dos impulsos elétricos nervosos de todos os seres vivos. Assim, exercem poder sobre a mente e o sistema nervoso. As salamandras são espíritos cujo índice vibratório é muito semelhante à energia emocional geralmente atribuída ao amor, ódio, medo, prazer, bem como outras emanações poderosas. Influenciam, dessa forma, os estados emocionais e o metabolismo geral do corpo. Os ondinas são espíritos cujas vibrações são semelhantes às dos fluídos. Assim, regem o equilíbrio dos fluidos umidade na Natureza e em todas os seres vivos.
Toda a Criação é influenciada e animada pela presença (ou falta) desses elementos. Todo objeto sujeito à manifestação compartilha de uma natureza tangível e uma natureza espiritual. A natureza tangível dá forma a esse objeto, enquanto a espiritual lhe dá vitalidade. Assim sendo, tudo o que for de natureza física tem seu contraponto espiritual ou elemental. Correspondências metafísicas dos quatro elementos também não encontradas no Zodíaco e contribuem para as qualidades do mapa natal de um indivíduo nascido em um dia qualquer. Empédocles (aluno de Pitágoras) foi a primeira pessoa na história a ensinar os quatro elementos como uma doutrina coesa e a introduzir o conceito dos quatro elementos na astrologia. Por volta de 475 a. C., ele ensinava, em sua Sicília natal, apresentando os quatro elementos como a raiz quádrupla de todas as coisas. Estas são as associações tradicionais no Ocultismo europeu, derivadas dos ensinamentos de Empédocles:
Terra: Touro, Virgem, Capricórnio
Terra: frio + seco
Ar: Gêmeos, Libra, Aquário
Ar: quente + úmido
Fogo: Áries, Leão, Sagitário
Terra: quente + seco
Água: Câncer, Escorpião, Peixes
Água: frio + úmido
Os Registros Akáshicos:
Segundo os Ensinamentos Wiccanos, a Esfera Magnética da Terra (também conhecida como éter contido) é um campo energético contendo os padrões de todos os atos, pensamentos e fatos do passado. Esse campo é conhecido na terminologia ocultista como o Manto Ódico. O material que compõe esse material etéreo é conhecido como Akasha, e os padrões nele contidos são chamados de Biblioteca Akáshica. Diz-se que esse plano pode ser acessado através de habilidades psíquicas, viagens astrais ou estados de transe, e é a fonte do que alguns chamam de material canalizado. Os ocultistas buscam ligar-se mentalmente a essa dimensão para obter o conhecimento preservado e contido nos padrões de energia.
Segundo uma velha crença Wiccana, um bruxo pode compreender a voz do vento. Esse dogma surgiu publicamente pela primeira vez em Aradia – Gospel of the Witches, de Charles Leland. Ele fornece uma lista dos poderes associados aos bruxos italianos que seguem os ensinamentos de Aradia. Compreender a voz do vento significa estar em harmonia com as vibrações das correntes Akáshikas. Através dessa sintonia, podemos obter o conhecimento levado pelo vento e relembrar coisas dadas como perdidas no passado. Aradia dizia que uma pessoa deve participar da roda do ano, observando cada Treguenda (Sabbat) para unir-se às forças da Natureza.
Os registros Akáshicos são mais facilmente acessados ao nascer do Sol. O portal elemental de Akasha (ver apêndice) á geralmente empregado como portal mental para essa dimensão. As técnicas empregadas pelo Ocultismo Ocidental para ganhar acesso aos planos foram introduzidas publicamente pela Golden Dawn. Quando estiver tentando canalizar a partir dos registros Akáshicos, deve utilizar o portal de Akasha e mentalmente buscar um cenário de uma biblioteca num templo.
Summerland:
Summerland é um termo geralmente empregado na Wicca como referência ao Outro Mundo para o qual as almas dos mortos se encaminham após o término da vida física. Pode ser visto como uma espécie de paraíso pagão não muito diferente dos conhecidos Alegres Campos de Caçade algumas tradições dos nativos norte-americanos. O Summerland dos Wiccanos existe no plano astral e é experimentado de modos diferentes por cada indivíduo, de acordo com a vibração espiritual que ele leve a esse plano de existência. O período em que alguém permanece em Summerland depende da habilidade do indivíduo de libertar e retomar o material que a alma carrega vida a pós vida, o que pode fazer com que essa alma renasça na dimensão física.
A existência em Summerland permite a um indivíduo a oportunidade de estudar e compreender as lições da vida anterior e como estas se relacionam a outras vidas pelas quais a alma tenha passado. Na teologia Wiccana, este é conhecido como um período de descanso e recuperação. Uma vez encerrado esse período de tempo, o plano elemental começa a atrair o indivíduo para o renascimento em qualquer dimensão que se harmonize à sua natureza espiritual naquele momento. A alma a reencarnar é então submetida ao plano das forças e pode ser atraída pelo vértice de uma união sexual em curso na dimensão física. Segundo os Ensinamentos Misteriosos, a alma é atraída aos aspectos da vida física que melhor a preparem para as lições necessárias para assegurar sua evolução e conseqüente liberação do Ciclo do Renascimento.
De acordo com os Ensinamentos Misteriosos, um aborto natural ou um natimorto indica uma alma que não mais precisava retornar à dimensão física, necessitando apenas uma breve imersão em matéria densa para equilibrar as propriedades elementais etéreas necessárias a seu corpo espiritual. A outra razão para tais ocorrências é que os pais precisavam aprender a lição de perda para a própria evolução espiritual, caso no qual isso foi possibilitado por uma alma que não necessitava mais de uma existência física. Os serviços dessas almas elevadas é geralmente notado não só nesses cenários, mas também nos ensinamentos acerca da reencarnação de avatares como Buda ou Jesus.
As Dimensões Ocultas:
A filosofia Oculta afirma existirem quatro reinos que compõem a Criação: Espiritual, Mental, Astral e Físico. Assim como há uma dimensão ou plano de existência física, há também dimensões astrais ou espirituais. Cada plano é tido como um reflexo do plano imediatamente acima. Essencialmente, cada plano manifesta a "forma de pensamento" no plano acima dele. Na Magia, o praticante estabelece seu desejo num plano superior para que ele retorne na forma da manifestação de seu desejo. Os sete planos são os seguintes:
- 1. O Plano Máximo
- 2. O Plano Divino
- 3. O Plano Espiritual
- 4. O Plano Mental
- 5. O Plano Astral
- 6. O Plano Elemental (Plano das Forças)
- 7. O Plano Físico
Diretamente acima do plano físico, temos o plano elemental, também conhecido como plano elemental das forças. Tudo o que ocorre no plano físico está diretamente ligado a esse plano. As dimensões reagem mais ou menos como uma fileira de pedras de dominó; uma desencadeia a outra, ocasionando uma reação em cadeia. Essa é uma lei da física, mas também da metafísica (assim na Terra como no Céu), e é assim que os encantamentos de magia, bem como as orações religiosas, são transmitidos.
Essa lei é o mecanismo interior que atua entre os planos, cada qual vibrando em resposta ao anterior. Acima do plano das forças está o plano astral, reino etéreo que contém os pensamentos formados da Consciência Coletiva. É aqui que existem todos os paraísos e infernos das crenças religiosas, alimentados pelas mentes dos fiéis no plano físico. Nesse plano, podemos formar imagens do que desejamos (bem como as que tememos).
Por todos nós temos a centelha divina que nos criou, também empregamos os mesmo padrões. Nossas mentes criativas operam como o que nos deu a consciência criativa – a principal diferença é que somos limitados, pois somos apenas centelha, e não a Fonte. O processo criativo, contudo, é muito semelhante e nós o utilizamos para criar magia.
Se eu, por exemplo, decidisse criar uma estante para apoiar papéis durante um discurso, precisaria em primeiro lugar formular esse pensamento. Isso envolveria diversos estágios representados pelos sete planos. O plano divino receberia a centelha do plano máximo. O plano espiritual conceberia o projeto, o plano mental produziria a visualização, o plano astral daria forma ao pensamento no plano etéreo, o plano das forças portaria o pensamento formado e o plano físico lhe daria substância.
Em termos mais simples, a necessidade surge (plano máximo) e começo a pensar no que necessito para satisfazer essa necessidade (plano divino). Conseqüentemente, eu formo uma idéia (plano espiritual) e a refino em algo que posso visualizar (plano mental). Uma vez que posso ver o objeto com meu olho mental, eu o atraio e lhe dou forma no papel (plano astral). A seguir, junto os materiais necessários e começo a montar o objeto (plano elemental). Uma vez terminado o trabalho, tenho diante de mim o objeto físico necessário para concluir minha tarefa (plano físico).
A arte da magia é uma arte de criação. O material utilizado é a substância astral. O poder de criar a partir de nossos pensamentos reside em nosso interior, graças a centelha divina. Criamos segundo a "fórmula divina" dos planos. Quanto mais forte a emoção, mais exato é o pensamento, e por conseqüência assim será a resposta astral correspondente. Para efetuar mudanças no plano físico (magicamente), devemos em primeiro lugar efetuá-las no mundo astral.
O propósito da magia ritual é gerar e direcionar a energia (que contém a forma de pensamento) ao plano astral. Os símbolos, gestos, cores e outros acessórios rituais são todos métodos de comunicação astral. Eles também geram a mentalidade necessária a todos os participantes através da qual as imagens mágicas são enviadas ao subconsciente. Cada um envia sua própria vibração ou energia, gerando súbitas ondas de fluxo. As formas de pensamento passam então a surgir na dimensão astral e se tornam canais para as forças superiores dos outros planos.
O ritual energiza essas formas, canais são abertos, os semelhantes se associam e os poderes são fortalecidos. A seguir, de acordo com o trabalho e sua natureza, a energia gerada subirá ao plano astral ou a energia divina será atraída ao plano físico, no caso de rituais que invocam deidades.
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O Bem e o Mal Segundo Alguns Filósofos
Espinosa – o esforço de se preservar é um bem; o que entrava esse esforço é um mal.
Seja fiel aos seus pensamentos e sentimentos.
Sócrates – o mais elevado bem que se pode medir tudo é o conhecimento.
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