A visão de mundo dos antigos ocultistas, que ensinavam aquilo que é perene, é TRADICIONAL para nós, por isso, UNO. Por isso somos bruxos tradicionais.
Nossa marca é visível aos olhos de nossos iguais. Quem não enxerga ela, não pode provar que ela não existe, e podemos facilmente desmascarar alguém que se passe por um de nós, principalmente por aquilo que ele escreve e pensa.
Não queremos reviver a bruxaria, uma vez que ela nunca morreu para nós, mas sim continuar seu legado através de nossa linhagem sanguínea e espiritual.
Não temos porque erguer a bandeira do paganismo, uma vez que não defendemos uma era, mas sim fazemos um egresso, seja na era que for.
As Bruxas e os Bruxos não se veste de bandeiras nem religiões, quem a veste dessa forma são as pessoas que querem ser bruxas sem o ser de fato.
Se alguém perguntar quem sou, diga que sou a filha da noite, que fala de amor, que fala do vento e se esquece do tempo...
Se alguém perguntar onde vivo, diga que vivo nas brumas que sabe do amor que conhece o desejo e Sonha sem pudor...
Se alguém perguntar por onde eu ando, diga que ando pela noite, pela lua e que nela me perco, desapareço, esqueço...
E se alguém perguntar como sou, diga que sou louca, apaixonada, que ama a magia do se entregar por inteiro, sem limites, sem freios a magia da vida.
Se alguém perguntar meu nome, sou a bruxa
Nascer bruxa é reconhecer-se bruxa desde cedo e deixar seu dom fluir como as águas, independente do berço, da bandeira religiosa, e do sexo.
Uma vez aberta as comportas de uma represa, não tem como voltar a água para traz!
Deixando descendentes que transmitiram a semente às novas gerações, assim como tudo na natureza é mutável, assim como são em todos os anos, as estações, e as estações reencarnam como nós também reencarnamos e nos dirigimos aos nossos iguais. As estações não são pagãs nem cristãs, nem mulçumanas, nem judaicas, elas são fluxos da natureza, assim como nós, e estamos todos interligados, e tradicionalmente não precisamos ditar regras de controle, apenas podemos deixar a Arte Bruxa fluir como nossos antepassados fizeram.
A Arte Bruxa vive em nós e em tudo, não precisamos gesticular igual, vestir roupa igual e pensar igualmente, cada ser humano é um ser ímpar, com pensamentos próprios, gestos próprios e gostos próprios, e isso deve ser preservado em sua individualidade. Nós não somos um povo que viveu numa única ilha do mundo, nós estamos em todos os lugares, e em nós, flui a tradição.
Temos algo chamado consciência. Outra coisa chamada responsabilidade. Respeitar o livre-arbítrio não é uma "lei" da Bruxaria, mas é um código ético que a maioria das Bruxas respeita. Não há de fato como saber exatamente o que é certo e o que pode ser errado, mas temos certos parâmetros pessoais que moldam nossas atitudes.
O fato é que a Grande Arte, também conhecida como a filosofia ou religião (para muitos) da Grande Mãe não impõe a ninguém um procedimento, uma atitude única. A bem da verdade, ela é ampla e nos permite agir de acordo com os nossos príncipios, contudo, nos lembra sempre da verdade maior “não faça ao outro aquilo que você não gostaria que fizessem à você”…
É claro que aprendemos a respeitar os anciãos que tem muito a nos ensinar, como: a semear, a colher, a ouvir nosso interior, a nos conhecer e acima de tudo, observar que a terra (Gaia) é nosso lar, mas não é apenas nosso, é de todo ser vivo que tem direito a vida tanto quanto nós.
Bruxas e Bruxos acreditam e aceitam a Lei Tríplice, que determina que um ato sempre tem a resposta em efeito bumerangue. O que se faz retorna 3 vezes para o emissor, portanto tratam de gerar bons pensamentos e fazer todas as coisas sempre para o bem de todos os envolvidos.
Aquele velho ditado que diz: nós colhemos o que semeamos", não é só verdadeiro, mas comprovado. Só que na bruxaria esta Lei se reveste de características que vão além disso, isto é, nossas "boas" ou "más" ações, acabarão certamente retornando com seu valor triplicado. Muitas pessoas questionam por que 3 e não 5 ou 7? Pois bem, este número não foi escolhido aleatoriamente, como a maioria da bruxas pensam, seu significado se reporta à nossa Grande Deusa Mãe, uma deidade trina e una. Em muitas obras de arte vemos esta tríplice natureza,as vezes retratadas com três faces, refletidas nas três fases da Lua.
Se a nossa amada Deusa nos abençoa com estas três mágicas vibrações energéticas, de acordo com a Lei do Retorno, Ela nos cobrará de igual para igual. Portanto, se interferimos no livre arbítrio de uma pessoa, estamos efetuando uma ato negativo não tão somente para ela, mas também contra nós mesmos. Este indivíduo até pode nem saber das conseqüências de seu ato, MAS VOCÊ SABE, por ser bruxa(o) e conhecedora(o) de todas as Leis que regem a Feitiçaria, o que com certeza lhe custará muito caro, pois o Universo lhe retribuirá tudo o que emitir aos outros numa escala de 3x.
A nossa Lei de Causa e Efeito, os dados implícitos nela nos apontam que o Universo não é uma coleção de objetos e seres avulsos, mas todos estamos interligados em uma única teia, ou seja, "tudo causa tudo o mais". Todas nós bruxas(os) sabemos que nossas "projeções" produzem um impacto definitivo, portanto essas técnicas devem ser bem aprendidas e dominadas.
AS 13 METAS DA BRUXA
1. Conhecer a si mesmo.
2. Saber a sua arte.
3. Aprender e buscar conhecimento sempre.
4. Usar o que você aprendeu corretamente.
5. Manter o balanço (equilíbrio) de todas as coisas.
6. Manter suas palavras verdadeiras.
7. Manter seus pensamentos verdadeiros.
8. Celebrar a vida.
9. Alinhar você mesmo com os ciclos da Terra.
10. Manter seu corpo saudável e forte.
11. Exercitar seu corpo, sua mente e seu espírito.
12. Meditar, relaxar e se controlar.
13. Honrar a Deusa e o Deus em todos os momentos
O Credo das Bruxas
Ouça agora a palavra das Bruxas,
os segredos que na noite escondemos,
Quando a obscuridade era caminho e destino,
e que agora à luz nós trazemos.
Conhecendo a essência profunda,
dos mistérios da Água e do Fogo,
E da Terra e do Ar que circunda,
Manteve silêncio o nosso povo.
O eterno renascimento da Natureza,
a passagem do Inverno e da Primavera,
Compartilhamos com o Universo da vida,
que num Círculo Mágico se alegra.
Quatro vezes por ano somos vistas,
no retorno dos grandes Sabbats,
No antigo Halloween e em Beltane,
ou dançando em Imbolc e Lammas.
Dia e noite em tempo iguais vão estar,
ou o Sol bem mais perto ou longe de nós,
Quando, mais uma vez,
Bruxas a festejar,
Ostara, Mabon,
Litha ou Yule saudar.
Treze Luas de prata cada ano tem,
e treze são os Covens também,
Treze vezes dançar nos Esbaths com alegria,
para saudar a cada precioso ano e dia.
De um século à outro persiste o poder,
Que através das eras tem sido levado,
Transmitido sempre entre homem e mulher,
desde o princípio de todo o passado.
Quando o círculo mágico for desenhado,
do poder conferido a algum instrumento,
Seu compasso será a união entre os mundos,
na terra das sombras daquele momento.
O mundo comum não deve saber,
e o mundo do além também não dirá,
Que o maior dos Deuses se faz conhecer,
e a grande Magia ali se realizará.
Na Natureza, são dois os poderes,
com formas e forças sagradas,
Nesse templo, são dois os pilares,
que protegem e guardam a entrada.
E fazer o que queres será o desafio,
como amar a um amor que a ninguém vá magoar,
essa única regra seguimos à fio,
para a Magia dos antigos se manifestar.
Oito palavras o credo das Bruxas enseja:
Sem prejudicar ninguém, faça o que você deseja.
LEI DA BRUXAS E DOS BRUXOS
A Lei da Bruxa e do Bruxo respeita,
Perfeito amor, confiança perfeita.
Viva e deixa viver,
Dá o justo para assim receber.
Três vezes o círculo traça
E assim o mal afasta.
E para firmar bem o encanto
Entoa em verso ou em canto.
Olhos brandos, toque leve,
Fala pouco, muito ouve.
Pelo horário a crescente se levanta
Vêm os espíritos sem alento.
E quando do leste ele soprar,
Novidades para comemorar.
Nove madeiras no caldeirão,
Queima com pressa e lentidão.
Mas a árvore anciã, venera,
Se queimares, o mal te espera.
Quando a Roda começa a girar
É hora do fogo de Beltane queimar.
Em Yule, acende tua tora,
O Deus de chifres reina agora.
A flor, a erva, a fruta boa,
É a Deusa que te abençoa.
Para onde a água correr,
Joga uma pedra para tudo ver.
Se precisas de algo com razão,
À cobiça alheia não dá atenção.
E a companhia do tolo, melhor evitar,
Ou arriscas a ele te igualar.
Encontra feliz e feliz despede,
Um bom momento não se mede.
Da Lei Tríplice lembre também,
Três vezes o mal, três vezes o bem.
Quando quer que o mal desponte,
Usa a estrela azul na fronte.
Cultiva no amor a sinceridade,
Para receber igual verdade.
Ou um resumo, se assim preferes estar:
faz o que tu queres,
Sem nenhum mal causar.
Jung certa vez afirmou que um novo mitologema estava emergindo por meio de nossos sonhos, pedindo para ser integrado em nossas vidas: o mito da antiga Deusa que governou a terra e o céu antes do advento das religiões patriarcais.