Ela traz as Flores na Primavera e
sorri por entre os prados Quando é verão, com Sua voz suave, Ela conta nos copados
Ela corta a cana e colhe o grão quando as folhas cobrem o chão E, no frio do inverno,
Ela envolve a Terra com o Seu manto e proteção.
É
justamente por isso que aqueles que seguem o Caminho da Deusa celebram a chamada
Roda do Ano, constituida pelos 8 Sabbats celtas que marcam a passagem das
estações. Ao celebrar os Sabbats, cremos que estamos ajudando no giro da Roda
da Vida, participando assim de um processo de co-criação do mundo. Submeter-se
à sua autoridade.
Por tudo o que dissemos fica
fácil entender porque os caminhos, cultos e tradições centrados na Deusa são
religiões naturais, fundamentadas nos ciclos da natureza e no entendimento de
seus elementos e ritmos. Estas práticas de magia natural usam a conexão e
correlação dos elementos da natureza - Água, Terra, Fogo e Ar, as
correspondências astrológicas (signos zodiacais, influências planetárias, dias
e horários propícios, pedras minerais, plantas, essências, cores, sons) e a
sintonia com os seres elementais (Devas Guardiões dos lugares, Gnomos, Silfos,
Ondinas, Salamandras, Duendes e Fadas).
Os
Rituais
O bruxo tem algumas obrigações, entre elas,
comemorar as estações do ano, e os ciclos da Lua. As comemorações dos ciclos
lunares são chamadas Esbats, e as celebrações do movimento da terra em volta do
Sol - as estações - são chamados sabbaths. Os esbats são festejados a cada primeira
noite de Lua cheia e os Sabbaths são comemorados seguindo a Roda do Ano, que é
marcada por oito datas:
Yule ou Solstício de Inverno
- Representa o nascimento do Deus. É a noite mais escura do ano, e marca o
apogeu da escuridão na Terra. Por outro lado, é o primeiro dia de sua decadência,
pois a Criança Sagrada, o Menino Sol nasce trazendo a Luz ao Planeta. Assim,
também marca o retorno da força solar. Em Yule é tempo de celebrar o início de todas as coisas e devemos meditar
sobre novos projetos, novos amores, nova vida. É celebrado a 21 de junho no Sul
e 21 de Dezembro no Norte.
É desta data antiga que se originou o Natal Cristão. Nesta época,
a Deusa dá à Luz o deus, que é reverenciado como Criança Prometida. Em Yule é
tempo de reencontrarmos nossas esperanças, pedindo para que os Deuses
rejuvenesçam nossos corações e nos dêem forças para nos libertarmos das coisas
antigas e desgastadas. É hora de descobrirmos a criança dentro de nós e
renascermos com sua pureza e alegria. Coloque flores e frutos da época do
altar. Se quiser, pode fazer uma árvore enfeitada, pois está é a antiga
tradição "pagã", onde a árvore era sagrada e os meses do ano tinham
nomes de árvores. Esta é a noite mais longa do ano, onde a Deusa é reverenciada
como a Mãe da Criança Prometida ou do Deus Sol, que nasceu para trazer Luz ao
mundo. Da mesma forma, apesar de todas as dificuldades, devemos sempre confiar
em nossa própria luz interior.
Imbolc ou Candlemas -
Imbolc vem para confirmar Yule. A Deusa retorna ao seu povo em Imbolc,
novamente virgem, trazendo com ela novas esperanças, nova promessa de vida. O
Deus agora já não é mais uma criança, e agora se apresenta como um belo jovem,
que com o passar dos dias se fortifica. Em Imbolc devemos nos livrar de tudo o
que é velho e desgastado para darmos lugar ao novo. É comemorado a 1 de agosto
no Sul e 02 de Fevereiro no Norte.
Este Sabá é dedicado à Deusa Brigit, Senhora da Poesia, da
Inspiração, da Cura, da Escrita, da Metalurgia, das Artes marciais e do Fogo.
Nesta noite, as Bruxas colocam velas cor de laranja ao redor do círculo, e uma
vela acesa dentro do Caldeirão. Se o ritual é feito ao ar livre, pode-se fazer
tochas e girar ao redor do círculo com elas. A Bruxa mais jovem da Assembléia
pode representar Brigit, entrando por último no círculo para acender, com sua
tocha, a vela do caldeirão, ou a fogueira, se o ritual for ao ar livre, o que
representaria a Inspiração sendo trazida para o círculo pela Deusa.
Os membros do Coven devem fazer poesias, ou cantar em homenagem a
Brigit. Pedidos, agradecimentos ou poesias devem ser queimados na fogueira ou
no caldeirão em oferenda, no fim do ritual. O Deus está crescendo e se tornando
mais forte, para trazer a Luz de volta ao mundo. É hora de pedirmos proteção
para todos os jovens, em especial da nossa família do Coven. Devemos mentalizar
que o Deus está conservando sempre viva dentro de nós a chama da Saúde, da
coragem, da ousadia e da juventude. O altar deve ser enfeitado com flores
amarelas, alaranjadas ou vermelhas. A consagração deve ser feita pelos membros
mais jovens do Coven.
Ostara ou Equinócio de Primavera
- Em Ostara, comemoramos o primeiro dia
de Primavera. Na natureza tudo desabrocha: a Deusa cobre a terra com um manto
de fertilidade e, juntamente ao Deus, estimula todos os seres vivos a
reprodução. O Deus, agora mais maduro está cada vez mais forte. É tempo de
enfeitar o altar com flores e frutos da época. É comemorada a 21 de setembro no
Sul ou 21 de Março no Norte.
Ostara é o Festival em homenagem à Deusa Oster, senhora da
Fertilidade, cujo símbolo é o coelho. Foi desse antigo festival que teve origem
a Páscoa. Os membros do Coven usam grinaldas, e o Altar deve ser enfeitado com
flores da época. É um costume muito antigo colocar ovos pintados no Altar. Eles
simbolizam a fecundidade e a renovação. Os ovos podem ser pintados crus e
depois enterrados, ou cozidos e comidos enquanto mentalizamos nossos desejos.
Nesse caso, não utilize tintas tóxicas, pois podem provocar problemas se
ingeridas. Use anilinas para bolo, ou cozinhe os ovos com cascas de cebola na
água, o que dará uma bela cor dourada.
Antes de comê-los, os membros do Coven devem girar de mãos dadas em
volta do Altar para energizar os pedidos. Os ovos devem ser decorados com
símbolos mágicos, ou de acordo com a sua criatividade. Os pedidos devem ser voltados
à "fertilidade" em todas as áreas.
Beltane - É o período de em que o Deus torna-se
sexualmente maduro. Agora, ele é um Homem que apaixona-se pela Deusa, que juntos
fazem Amor pelos campos - A Sagrada União, que tudo fecunda. O Caldeirão deverá
estar cheio d'água em Beltane, com flores boiando dentro. Também deve-se erguer
um pau, tronco ou bambu e amarrar em sua extremidade mais alta fitas de várias
cores. Cada um deve pegar uma ponta da fita, e todos devem girar enrolando-a. O
bambu representa o fallus do Deus - seu órgão genital. Beltane é comemorado a
31 de Outubro no Sul ou 01 de Maio no Norte.
Beltane é o mais alegre e festivo de todos os Sabás. O Deus, que
agora é um jovem no auge da sua fertilidade, se apaixona pela Deusa, que em
Beltane se apresenta como a Virgem e é chamada "Rainha de Maio". Em
Beltane se comemora esse Amor que deu origem a todas as coisas do Universo.
Beleno é a face radiante do Sol, que voltou ao mundo na Primavera. Em Beltane
se acendem duas fogueiras, pois é costume passar entre elas para se livrar de
todas as doenças e energias negativas. Nos tempos antigos, costumava-se passar
o gado e os animais domésticos entre as fogueiras com a mesma finalidade. Daí
veio o costume de "pular a fogueira" nas festas juninas. Se não
houver espaço, duas tochas ou mesmo duas velas podem ter a mesma função.
Deve-se ter o maior cuidado para evitar acidentes.
Uma das mais belas tradições de Beltane é o Maypole, ou Mastro de
Fitas. Trata-se de um mastro enfeitado com fitas coloridas. Durante um ritual,
cada membro escolhe uma fita de sua cor preferida ou ligada a um desejo. Todos
devem girar trançando as fitas, como se estivessem tecendo seu próprio destino,
colocando-nos sob a proteção dos Deuses. É costume em Wicca jamais se casar em
Maio, pois esse mês é dedicado ao casamento do Deus e da Deusa.
Litha ou Solstício de Verão - É comemorado a 21 de
dezembro no Sul ou 21 de Junho no Norte. Agora, toda a Terra encontra-se
banhada pela Fertilidade da Deusa e do Deus. Este, está no auge de sua força,
fazendo com que os dias sejam maiores do que as noites. Devemos nos lembrar,
porém, que se aproxima o momento dele começar a definhar. Em seu altar, coloque
ervas solares e Girassóis, para representar a potência do Deus. Em Beltane,
louvamos a Deusa em seu aspecto de Gaia, a Mãe Terra, e o Deus em seu aspecto
de Deus Sol.
Nesse dia o Sol atingiu a sua plenitude. É
o dia mais longo do ano. O deus chega ao ponto máximo de seu poder. Este é o
único Sabá em que às vezes se fazem feitiços, pois o seu poder mágico é muito
grande. É hora de pedirmos coragem, energia e Saúde. Mas não devemos nos
esquecer que, embora o Deus esteja em sua plenitude, é nessa hora que ele
começa a declinar. Logo Ele dará o último beijo em sua amada, a Deusa, e
partirá no Barco da Morte, em busca da Terra do Verão.
Da mesma forma, devemos ser humildes para não ficarmos cegos com o
brilho do sucesso e do Poder. Tudo no Universo é cíclico, devemos não só nos
ligarmos à plenitude, mas também aceitar o declínio e a Morte. Nesse dia,
costuma-se fazer um círculo de pedras ou de velas vermelhas. Queimam-se flores
vermelhas ou ervas solares (como a Camomila) juntamente com os pedidos no
Caldeirão.
Lammas ou Lughnasadh -
Celebrado a 2 de fevereiro no Sul ou 01 de Agosto no Norte. É o período da
colheita, quando a Natureza mostra seus frutos. O Deus gradativamente enfraquece,
e a Deusa observa a queda de seu amante, sabendo que, dentro dela, ele vive
como semente. Aos poucos as noites começam a ficar mais longas, devido ao
enfraquecimento do Sol. No altar, devemos depositar ramos de trigo e espigas de
milho. Na noite de Lammas, deve ser servido pães e bolos. É tempo de colher o
resultado de nossas ações e de agradecer por dádivas alcançadas.
Lughnasad era tipicamente uma festa agrícola, onde se agradecia
pela primeira colheita do ano. Lugh é o Deus Sol. Na Mitologia Celta, ele é o
maior dos guerreiros, que derrotou os Gigantes, que exigiam sacrifícios humanos
do povo. A tradição pede que sejam feitos bonecos com espigas de milho ou ramos
de trigo representando os Deuses, que nesse festival são chamados Senhor e
Senhora do Milho. Nessa data deve-se agradecer a tudo o que colhemos durante o
ano, sejam coisas boas ou más, pois até mesmo os problemas são veículos para a
nossa evolução.
O outro nome do Sabá é Lammas, que significa "A Massa de
Lugh". Isso se deve ao costume de se colher os primeiros grãos e fazer um
pão que era dividido entre todos. Os membros do Coven devem fazer um pão
comunitário, que deverá ser consagrado junto com o vinho e repartido dentro do
círculo. O primeiro gole de vinho e o primeiro pedaço de pão devem ser jogados
dentro do Caldeirão, para serem queimados juntamente com papéis, onde serão
escritos os agradecimentos, e grãos de cereais. O boneco representando o Deus
do milho também é queimado, para nos lembrar de que devemos nos livrar de tudo
o que é antigo e desgastado para que possamos colher uma nova vida. O Altar é
enfeitado com sementes, ramos de trigo, espigas de milho e frutas da época.
Mabon ou Equinócio de Outono -
Acontece a 21 de março no Sul ou 21 de Setembro no Norte. A colheita iniciada
em Lammas agora atinge seu ponto máximo. Os dias e as noites são de igual
duração, e o Deus prepara-se para partir à Terra da Juventude Eterna, onde irá
descansar e recobrar suas forças. Esse fenecimento pode ser visto também na
Natureza, que prepara-se para a chegada do Inverno. Nesse período, o altar deve
conter folhas de plantas da estação, e alguns
frutos. O Deus agora é louvado em seu aspecto de semente e a Grande Mãe
em seu aspecto de Provedora.
No Panteão Celta, Mabon, também conhecido
como Angus, era o Deus do Amor. Nessa noite devemos pedir harmonia no Amor e
proteção para as pessoas que amamos. Está é a segunda colheita do ano. O Altar
deve ser enfeitado com as sementes que renascerão na primavera. O chão deve ser
forrado com folhas secas. O deus está agonizando e logo morrerá. Este é o
Festival em que devemos pedir pelos que estão doentes e pelas pessoas mais
velhas, que precisam de nossa ajuda e conforto. Também é nesse festival que
homenageamos as nossas Antepassadas Femininas, queimando papéis com seus nomes
no Caldeirão e lhes dirigindo palavras de gratidão e bênçãos.
Samhain, Dia das Bruxas ou Halloween - Comemorado a 1 de maio no Sul ou 31 de Outubro no Norte, marca a
ida do Deus ao Reino dos Mortos. É o
ponto auge da Roda do Ano e é considerado o Ano Novo pagão. Nessa data a
barreira entre os mundos está mais fraca, facilitando assim, o contato com
entes queridos que já se foram. Métodos Divinatórios devem ser praticados nessa
noite e o altar deve conter folhas de cipreste, abóboras, velas negras e laranjas.
Em Samhain é tempo de reflexão: de olharmos para nossos atos e compreendermos o
significado de nossas experiências. Apesar de ser a noite da partida do Deus,
não deve ser encarado com tristeza - Ele ainda vive dentro da Deusa como seu
filho: É a esperança, a promessa de luz, que se concretizará em Yule.
Este é o mais importante de todos os
Festivais, pois, dentro do círculo, marca tanto o fim quanto o início de um
novo ano. Nessa noite, o véu entre o nosso mundo e o mundo dos mortos se torna
mais tênue, sendo o tempo ideal para nos comunicarmos com os que já partiram.
As bruxas não fazem rituais para receber mensagens dos mortos e muito menos
para incorporar espíritos. O sentido do Halloween é nos sintonizarmos com os
que já partiram para lhes enviar mensagens de Amor e harmonia. A noite do
Samhain é uma noite de alegria e festa, pois marca o início de um novo período
em nossas vidas, sendo comemorado com muito ponche, bolos e doces. A cor do
sabá é o negro, sendo o Altar adornado com maçã, o símbolo da Vida Eterna. O
vinho é substituído pela sidra ou pelo suco de maçã. Deve-se fazer muita
brincadeira com dança e música. Os nomes das pessoas que já se foram são
queimados no Caldeirão, mas nunca com uma conotação de tristeza.
No Altar e nos Quadrantes não devem faltar as tradicionais
Máscaras de Abóbora com velas dentro. Antigamente, as pessoas colocavam essas
abóboras na janela para espantar os maus espíritos e os duendes que vagavam
pelas noites do Samhain. Essa palavra significa "Sem Luz", pois,
nessa noite, o Deus morreu e mundo mergulha na escuridão. A Deusa vai ao Mundo
das Sombras em busca do seu amado, que está esperando para nascer. Eles se
amam, e, desse Amor, a semente da luz espera no Útero da Mãe, para renascer no
próximo Solstício de Inverno como a Criança da Promessa.
A Roda continua a girar para sempre. Assim, não há motivo para
tristezas, pois aqueles que perdemos nessa vida irão renascer, e, um dia, nos
encontraremos novamente, nessa jornada infinita de evolução.
Há muita divergência
quanto à pronúncia da palavra, mas acredito que seja Sal-Uin (Sow-ween). Essa é
a noite em que a barreira entre nosso mundo e o mundo dos espíritos fica mais
fina. É quando o Deus Cornudo se sacrifica para se tornar a semente de seu
próprio renascimento em Yule. É quando os pastores recolhem o gado e o povo
esconde-se em casa, fugindo da época mais escura do inverno. A data marca o fim
(e o início) do calendário Celta. É celebrada pelos Cristãos como o Dia das
Bruxas, o famoso Halloween (All hails eve). A noite de Samhain ou Halloween se
encontra no meio exato entre o Ano que se vai e o que vem pela frente, e é,
portanto, uma data atemporal.
Um antigo costume de
Samhain na Bélgica era o preparo de “Bolos para os Mortos” especiais (bolos ou
bolinhos brancos e pequenos). Comia-se um bolo para cada espírito de acordo com
a crença de que quanto mais bolos alguém comesse, mais os mortos o abençoariam.
Outro costume de
Samhain era acender um fogo no forno de casa, que deveria queimar
continuamente, até o primeiro dia da Primavera seguinte. Eram também acesas, ao
pôr-do-sol, grandes fogueiras no cume dos morros em honra aos antigos deuses e
deusas, e para guiar as almas dos mortos aos seus parentes.
As Artes
Divinatórias, como observação da bola de cristal e o jogo de runas, na noite
mágica de Samhain, são tradições Wiccans, assim como ficar diante de um espelho
e fazer um pedido secreto.
Comemorando
o Samhain
Deposite sobre o
altar maçãs, romãs, abóboras e outros frutos do fim do outono. Flores outonais
como Madressilva e crisântemos também são indicados. Escreva num pedaço de
papel um aspecto de sua vida do qual deseja livrar-se, um sentimento negativo
ou um hábito ruim, doenças. O caldeirão deve estar presente no altar. Um
pequeno prato com o símbolo da roda de oito aros também deve estar presente.
Antes do ritual sente-se em silêncio e pense nos amigos e nas pessoas amadas
que não mais estão entre nós. Não se desespere. Saiba que partiram para coisas
melhores. Tenha firme em mente que o plano físico não é a realidade absoluta, e
que a alma jamais morre.
Prepare o altar,
acenda as velas e o incenso, crie o círculo. invoque a Deusa e o Deus. Erga uma
das romãs e com sua recém lavada faca de cabo branco, perfure a casca da fruta.
Remova diversas sementes e coloque-as no prato com o desenho da roda. erga seu
bastão, volte-se para o altar e diga;
o
Nesta
noite de Samhain assinalo sua passagem,
o
Ó rei Sol
através do poente ruma à Terra da Juventude.
o
Assinalo
também a passagem de todos os que já partiram,
o
E dos que
irão posteriormente. Ó Graciosa Deusa,
o
Eterna
Mãe, que dá à Luz os caído,
o
Ensina-me,
a saber, que nos momentos de maior escuridão.
o
Surge a
mais intensa luz.
Prove as sementes de
romã; parta-as com seus dentes e saboreie seu gosto agridoce. Olhe para o
símbolo de oito aros no prato; a roda do ano o ciclo das estações o fim e o
início de toda a criação. A venda um fogo dentro do caldeirão, uma vela serve.
Sente-se diante dele, segurando o papel, observando suas chamas. Diga:
o
Ó Sabia
Lua,
o
Deusa da
noite estrelada,
o
Criei este
fogo dentro de seu caldeirão
o
Para
transformar o que me vem atormentando.
o
Que as
energias se revertam:
o
Das trevas
,luz!
o
Do mal, o
bem!
o
Da morte,
o nascimento!
Ateie fogo ao papel
com as chamas do caldeirão e jogue-o em seu interior. Enquanto queima, saiba
que o mal diminui, reduzindo-se e finalmente o abandonando ao ser consumido
pelos fogos universais. Se quiser pode utilizar métodos para adivinhar o futuro
e ver o passado. Tente regressar a vidas passada se quiser. Mas deixe os mortos
em paz. Honre-os com suas memórias mas não os chame até você. Libere quaisquer
dores e sentimentos de perda que possa sentir nas chamas do caldeirão.
Trabalhos de magia, se necessários podem-se seguir. Celebre o banquete Simples.
O círculo está desfeito.
Alimentos tradicionais
Maças, romãs,torta
de abóbora, avelãs, Bolos para os Mortos, beterrabas,
nabos, milho, castanhas, gengibre, sonhos e bolos de amoras
silvestres, cerveja, sidra e chás de ervas.
Incensos
Maça, menta,
noz-moscada e sálvia.
Cores das velas
Preta e laranja
Pedras preciosas
Todas as pedras
negras, especialmente azeviche, obsidiana e ônix.
Anéis dos Desejos de
Halloween
Vários dias antes do
Halloween, faça três anéis de palha ou feno trançado. Pendure-os nos arbustos
fora de sua janela e faça um desejo a cada anel enquanto o pendura. Após isso,
não torne a olhar para os anéis até a noite de Halloween, ou seus desejos não
serão realizados.
História do Dia das
Bruxas
O Dia das Bruxas é anualmente
celebrado. Mas como e quando este costume peculiar se originou? É, como alguma
reivindicação, um tipo de adoração de demônio? Ou é isto só um vestígio
inocente de alguma cerimônia pagã antiga? A palavra propriamente, "Dia das
Bruxas," tem realmente suas origens na Igreja católica. Vem de uma
corrupção contraída do dia 1 de novembro, "Todo o Dia de Buracos" (ou
"Todo o Dia de Santos"), é um dia católico de observância em honra de
santos. Mas, no século 5 DC, na Irlanda Céltica, o verão oficialmente se
concluía em 31 de outubro. O feriado era Samhain chamado (semeie-en), o Ano
novo Céltico.
Uma história diz isto:
Naquele dia, todos aquele que houvesse morrido ao longo do ano anterior
voltaria à procura de corpos vivos para possuí-los para o próximo ano.
Acreditava-se ser seu para a vida após a morte, (Panati). Os celtas acreditaram
em todas as leis de espaço e tempo, o que permitia que o mundo dos espíritos se
misturassem com o dos vivos, (Gahagan).
Naturalmente, o ainda vivos
não queriam ser possuídos. Então na noite de 31 de outubro, os aldeões
extinguiriam os fogos em suas casa. Eles iriam se vestir com fantasias e ruidosamente
desfilavam em torno do bairro, sendo tão destrutivos quanto possível, a fim de
assustar os que procuravam corpos para possuir, (Panati). Provavelmente, uma
explicação melhor de por que os celtas extinguiram o fogo, era para não
desencorajar possessão de espírito, mas de forma que todas as tribos Célticas
pudessem reacender seus fogos de uma fonte comum, o Druidic era mantido em
chamas no Meio da Irlanda, em Usinach, (Gahagan).
Os Romanos adotaram as
práticas Célticas como suas próprias. Mas no primeiro século DC, eles
abandonaram qualquer prática de sacrifício de humanos a favor de efígies em
chamas.
Como convicção em possuir o espírito, a prática de vestir-se bem como
fantasmas, e bruxas empreendia um papel mais cerimonial. O costume de Dia das
Bruxas foi trazido para a América na 1840, por imigrantes irlandeses fugindo da
escassez de comida do seu país. O costume de doce ou travessura não foi
originado pelos celtas irlandeses, mas com um novo costume do século europeu
chamado Souling. Em 2 de novembro, Dia de Todas as Almas, primeiros cristãos
caminhavam de aldeia em aldeia pedindo "bolos de alma," pedaços
quadrados compreendidos de pão com groselhas. Quanto mais bolos de alma os
mendigos recebessem, quanto mais orações, eles prometiam dizer rezas em nome
dos parentes mortos dos doadores. No momento, acreditava-se que o morto
permanecia no limbo por um tempo depois de morte, e aquela oração, até por
estranhos, dava passagem de uma alma para céu.
Os da vela na abóbora provavelmente vem de
folclore irlandês. Como o conto é informado, um homem chamado Jack, que era
notório como um bêbedo e malandro, enganara Satã ao subir uma árvore. Jack
então esculpiu uma imagem de uma cruz no tronco da árvore, prendendo o diabo
para cima a árvore. Jack fez um acordo com o diabo, se ele nunca mais o tentasse
novamente, ele o deixaria árvore abaixo. De acordo com o conto de povo, depois
de Jack morrer, ele a entrada dele foi negada no Céu, por causa de seus modos
de malvado, mas ele teve acesso também negado ao Inferno, porque ele enganou o
diabo. Ao invés, o diabo deu a ele uma brasa única para iluminar sua passagem
para a escuridão frígida. A brasa era colocada dentro de um nabo para manter
por mais tempo.
Os nabos na Irlanda
eram usados como seu "lanternas do Jack" originalmente. Mas quando os
imigrantes vieram para a América, eles acharam que as abóboras eram muito mais
abundantes que nabos. Então os jack-e-Lanterna na América era em uma abóbora,
iluminada com uma brasa.
Então, o Dia das
Bruxas foi adotado como favorito "feriado" . Cresceu fora das cerimônias
de celtas celebrando um ano novo, e fora de cerimônias de oração Medievais de
Européias.
Um Conto de Samhain
Lyla sentou-se no
chão e olhou para o céu claro, limpo e estrelado. O reflexo da Lua cheia na
água fez Lyla pensar numa pérola. Redonda e branca... mas logo as crianças
chegaram, e sentaram ao seu redor, interrompendo seus pensamentos. Sorrindo,
Lyla olhou para cada uma deles.
- 'Comecemos? Vou contar
para vocês a estória de como o Cornudo se sacrifica todos os anos para garantir
força à Grande Mãe, para que esta possa vencer o frio do Inverno. Estão
prontos?' As crianças acalmaram-se para ouvir Lyla.
- 'Não foi a muito tempo que aconteceu. O
Sol sumia no Oeste, e as aves noturnas já deixavam seus ninhos, umas ameaçando
cantar. Debaixo das árvores, correndo para suas tocas, os pequenos animais
apressavam-se, fugindo do frio cortante que se faria presente em pouco tempo.
Aquela era a época do Cornudo, e só as criaturas mais fortes sobreviveriam a
inverno tão rigoroso. O Sol baixou, baixou, até que só se via uma fina linha de
separação entre céu e Terra no horizonte, e tudo ficou avermelhado, com um ar
mais mágico. E então, a luz se foi. A Lua estava crescente no céu, e um vento
gelado começou a correr por entre os troncos seculares das árvores. Ouve-se,
agora, o som de uma flauta...som tão límpido e cristalino, que a superfície do
lago, antes parada, tremulou ao som da melodia alegre.
Todos os animais da floresta pararam para
ouvir o som da flauta, e mesmo as aves noturnas cessaram seu canto orgulhoso. E
por entre as árvores, a flauta se fez ouvida em toda a floresta. E mais nada,
além do som doce da flauta.
Atravessando o lago,
um pouco depois do Grande Carvalho, estava a fonte de tal encantamento. Sentado
numa pedra coberta de limo, balançando ao som da flauta de bambu, um ser
robusto, com tronco e cabeça de homem, pernas cobertas de pêlo, cascos de
cavalo e grandes chifres pontiagudos.
Observava a donzela
que dançava ao som de sua música, logo à sua frente. Tinha longos cabelos
claros, lisos, que escorriam até a altura da cintura. Os fios sedosos
acompanhavam os movimentos da dança, pés habilidosos moviam-se descalços sobre
a grama. A Deusa nunca havia estado tão bela quanto naquela noite.
Os dois brincavam
nus, na noite fria da floresta, e alguns animais se juntavam ao redor da
clareira. Cansada, a Donzela sentou-se, e olhando para o Cornudo, esperou que a
música acabasse. Quando o Deus afastou a flauta de seus lábios, as figuras dos
animais e da Donzela desapareceram ... meras lembranças. A Deusa agora
recolhia-se grávida no Mundo Subterrâneo, guardada por seus familiares, pronta
para dar à luz dentro de tão pouco tempo.
Era necessário que o
Sol Novo nascesse. O Cornudo levantou-se com tristeza e caminhou até o lago,
para observar seu reflexo. Já estava velho e fraco, mas ainda continha grande
energia ... energia necessária para que a Deusa agüentasse o parto que se
seguiria em menos de dois meses. Já não podia continuar a viver ... a Terra
precisava de seu sangue, e o Sol Novo de sua energia.
Um grito ecoou em
sua mente: a Deusa sofria. Aquele era o momento certo. O Cornudo olhou para os
céus, e olhando para a mata, despediu-se de sua casa. Tambores rufaram quando
Ele ergueu suas mãos e pronunciou as palavras secretas. Houve uma explosão, e
Ele desapareceu.
Aqui, numa clareira
nas montanhas, já distante da floresta, ouviam-se os tambores de guerra. Uma
música rápida e repetitiva tornava o ar agressivo. Também com uma explosão, o
cornudo surge no centro do círculo, um olhar decidido em seu rosto.
O Velho Cornudo
tinha agora em suas mãos uma adaga ritual, e quando Ele a levantou apontada
para seu peito os tambores cessaram. Cernunnos fechou os olhos, e o momento se
fez silencioso... Aqueles segundos duraram milênios... O Cornudo levou a adaga
a seu peito, e os tambores voltaram a tocar.
Quando a lâmina fria
rasgou a carne do Deus, não houve um grito, sequer um sussurro de dor... Apenas
o som do sangue derramando-se sobre a terra. O Cornudo ajoelhou-se, com calma
em seu olhar. Com as próprias mãos, abriu a ferida para que os espíritos
recolhessem o sangue.
Quando o círculo
tornou-se silencioso novamente, e todos os espíritos partiram, o Deus deitou e
virou-se para as estrelas, e esperou que a paz voltasse a reinar sobre a
floresta. Ainda sentia o sangue escorrendo para fora de seu corpo, e regando o
círculo sagrado em que repousaria para sempre.
E do solo, ou talvez
de lugares além das estrelas mais distantes, elevou-se um cântico, murmurado e
pausado... Talvez fossem as pequenas criaturas do subsolo, ou ainda as
estrelas, despedindo-se de seu Deus.
"Hoof and Horn, Hoof and Horn
All that Dies Shall be Reborn.
Corn and Grain, Corn and Grain
All that Falls Shall Rise Again."
O Cornudo morreu
sorrindo, sabendo ser a semente de seu próprio renascimento. E Ele pode sentir
sua energia retornando ao útero da Grande Mãe, que agora deixava de sofrer...
Os espíritos, então, romperam a barreira entre os dois mundos, e caminharam por
sobre a Terra, espalhando o sangue e a força do Deus, para que pudéssemos
sobreviver através dos tempos difíceis que se aproximavam.'
Lyla limpou uma
lágrima que escorria de seu rosto. As crianças ainda ouviam atentas.
'É por isso que os
espíritos vêm ao nosso mundo nessa noite tão escura ... Eles trazem consigo um
pouco do sangue do Deus Cornudo, que só renascerá no Solstício de Inverno. Trazem
conselhos, proteção e promessas de que nos irão guiar durante todo o período
escuro do ano. Devemos, portanto, saudar os espíritos, porque, sem eles, a
semente do renascimento não seria espalhada.
Agora vão para a
Casa Grande, vamos começar o ritual.'
Lyla deixou que as
crianças corressem na frente em direção à Casa Grande. Parou no meio do
caminho, e deixou que seus ouvidos escutassem os sons do além. E de algum lugar
chegou aos ouvidos de Lyla um cântico... 'Hoof and Horn, Hoof and Horn...'
E Lyla caminhou para
a Casa Grande.
Alguns bruxos ainda insistem em comemorar a Roda do Ano pelo
hemisfério Norte. Isso, porém torna-se totalmente sem sentido, já que a Roda
marca os ciclos da Natureza. Porém a escolha depende somente de você.
Sabbaths
Sabbath
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Data
no Norte(USA)
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Data
no Sul(BRASIL)
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Samhain
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31 de Outubro
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30 de Abril
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Yule
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21 de Dezembro
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21 de Junho
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Imbolg
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01 de Fevereiro
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01 de Agosto
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Ostara
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21 de Março
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21 de Setembro
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Beltane
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01 de Maio
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31 de Outubro
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Litha
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21 de Junho
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21 de Dezembro
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Lammas
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01 de Agosto
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01 de Fevereiro
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Mabon
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21 de Setembro
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21 de Março
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